22/02/2021
Atualizada: 22/02/2021 19:10:59

Imagem: Reprodução/YouTube Ufal

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), professor Jailton Lira, participou, na tarde desta segunda-feira (22), da Aula Magna realizada de forma online pela Ufal, em abertura do período letivo 2020.1.

Já no início do encontro, Jailton Lira – que também é professor do Centro de Educação da Ufal - lembrou que a pandemia desencadeada pela Covid-19 permanece sendo motivo de preocupação para toda a comunidade acadêmica, sendo também a razão que impossibilitou o retorno presencial das atividades pedagógicas neste momento.

Em sua fala inicial, o presidente da Adufal reforçou que é de conhecimento de todos os professores e professoras o quanto o atual cenário é delicado para a educação. “É bom frisar que nós não desconhecemos as consequências do ensino à distância, como a ausência de relações sociais concretas, uma prática pedagógica, muitas vezes, descontextualizada das condições reais de ensino e da aprendizagem”, afirmou Jailton Lira.

Reivindicações

O presidente da entidade aproveitou a ocasião para reivindicar à Universidade algumas questões que são de relevância para a execução e avaliação do ensino à distância e as condições da educação no momento de pandemia.

“É necessário que a universidade faça uma avaliação dos resultados da adoção do ensino remoto, das condições de acesso dos estudantes, das condições de trabalho dos professores e técnicos e do rendimento educacional do período”, pediu Jailton Lira.

O professor do Cedu da Ufal solicitou, ainda, que a Universidade avalie com especial atenção a situação dos professores e professoras que, por motivos de saúde ou inadequação às ferramentas digitais, não estão em condição de ministrar aulas remotas, uma vez que este é um cenário novo e que nem todos os/as docentes possuem a preparação necessária.

Retorno presencial

O presidente da Adufal defendeu, ainda, que o retorno presencial das aulas ocorra somente após a vacinação em massa da população, à garantia de testagem para a comunidade acadêmica, à adoção dos protocolos de segurança e após a redução significativa das taxas de contaminação pela Covid-19.

“Por outro lado, nós temos uma situação ainda pior gerada pela ação negligente do governo federal, que se colocou contra o distanciamento social e ao uso de máscara, negligenciou a compra de respiradores, das vacinas e tudo isso impossibilita que aconteça, de fato, o retorno das aulas presenciais”, lamentou Jailton Lira.

Fragilização da educação

Ainda na atividade, o docente lembrou que, além da saúde, a situação da educação no país também se encontra fragilizada. “Nós temos uma situação de intervenção das universidades federais, falta de uma coordenação nacional da educação, um Enem desestruturado, a politização na escolha dos livros didáticos. É por isso que a educação que nós defendemos enquanto sindicato e enquanto universidade tem que valorizar a pluralidade, defender a democracia como um valor essencial e assegurar a produção e divulgação dos avanços científicos”, reforçou Jailton Lira.

PEC 32

Ao fim da sua participação na mesa de abertura do período letivo 2020.1, o presidente da Adufal reforçou ao reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, a solicitação da entidade pela realização de uma reunião extraordinária do Conselho Universitário para que a comunidade acadêmica dialogue sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 32/2020) e todos os seus prejuízos à sociedade.

“Por fim, uma volta à normalidade e a retomada das aulas com segurança só é possível a partir do fim do governo Bolsonaro e, especialmente, a partir da vacinação em massa de toda a população brasileira”, concluiu o professor Jailton Lira.

Fonte: Vanessa Ataide/Ascom Adufal

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