07/03/2024
Atualizada: 08/03/2024 08:40:54

Fotos: Aleck Lima e Karina Dantas/Ascom Adufal

Como parte da programação da Semana da Mulher, a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) realizou, nesta quinta-feira (7), uma mesa de debate com o tema “Desafios e mudanças para as mulheres docentes e a política de valorização do magistério nos últimos 50 anos”.

A atividade contou com a participação da vice-presidenta da Adufal, Doutora em Educação e professora do Centro de Educação (Cedu), Irailde Correia; da professora aposentada da Faculdade de Letras (Fale), doutora em Literatura Inglesa e pesquisadora de temas relacionados à literatura feminina, Izabel Brandão; e da professora aposentada do curso de Física da Ufal, doutora em Educação e diretora da Adufal, Lenilda Austrilino.

Da esquerda para a direita, professoras Lenilda Austrilino, Irailde Correia e Izabel Brandão. Foto: Vanessa Ataíde/Ascom Adufal

Na ocasião, as docentes debateram sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em suas trajetórias profissionais no magistério, avaliaram as conquistas das últimas décadas e refletiram também sobre as políticas de valorização para as professoras do ensino superior.

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“Na perspectiva patriarcal e capitalista, a nossa natureza e a maternidade são justificativas para colocar nós, mulheres, como sexo frágil, atribuindo ao trabalho feminino àqueles que não tem um valor intelectual, colocando como tendência natural o trabalho doméstico e o cuidado com os filhos, os doentes e os incapazes. Se faz primordial reivindicar nossos espaços na sociedade”, disse a professora Lenilda Austrilino.

Outro tema abordado no evento foi a relação entre a docência e a maternidade, em que as professoras reforçaram a importância de haver políticas de acolhimento para as mulheres grávidas ou com filhos em idade de cuidado, dentro do ambiente acadêmico.

“Se uma professora quer ser mãe, ela precisa receber condições para isso. No meu caso, eu tive acesso ao serviço do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) da Ufal, mas nem todo mundo consegue e precisamos ver até que ponto o NDI dá conta”, relatou a professora Izabel Brandão durante o debate.

O evento recebeu a presença de diversas professoras e professores da base da Adufal, que foram presenteados com kits personalizados da entidade, contendo um bloco de notas e caneta, e ao final dos debates puderam confraternizar em um lanche coletivo.

“Ao longo desta semana criamos um conjunto de atividades, presenciais e virtuais, como a panfletagem e café da manhã de conscientização na Reitoria e a publicação da reportagem especial, com o objetivo de fazer com que essa semana seja uma semana diferenciada, mas reforçamos que a defesa do papel da mulher na sociedade não pode ser algo pontual, deve ser algo permanente e frequente. Neste sentido, acho que a Adufal, ao longo de sua existência, vem cumprindo esse papel”, frisou o presidente da Adufal, durante a fala de abertura.

Foto: Vanessa Ataíde/Ascom Adufal

8 de março de luta

Fechando a programação da Semana da Mulher, a entidade convida todos e todas a participarem da Marcha das Mulheres, que ocorrerá nesta sexta-feira, 8 de março, com concentração às 8h na Praça Deodoro, no Centro de Maceió. O ato deve seguir em caminhada até o Palácio do Governo.

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Fonte: Karina Dantas/Ascom Adufal

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