03/04/2014
Atualizada: 03/04/2014 00:00:00


 

 

Comissão se reúne na Adufal nesta sexta-feira (4); Em processo de negociação com o governo, docentes discutem a carreira, em audiência com o MEC, na quinta-feira (10)

 

Reunidos nesta quarta-feira (2), no auditório da reitoria, no Campus A. C. Simões, os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) discutiram sobre a Campanha Salarial em curso, avaliaram o movimento em nível local e nacional e após análise de conjuntura, decidiram intensificar e ampliar a mobilização em todas Unidades Acadêmicas da Capital e demais campi. Para isso, formaram uma comissão local de mobilização (CLM) que faz sua primeira reunião nesta sexta-feira (4), às 9h, na sede da Associação dos docentes da Ufal (Adufal).

 

Coordenada pelo presidente da entidade representativa dos docentes, professor Marcio Barboza, a reunião foi aberta com os informes a respeito das recentes e próximas atividades do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes SN), do qual a Adufal é seção sindical. Participante do encontro setorial de representantes sindicais das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Andes-SN, ocorrido neste último final de semana, em Brasília, Marcio Barboza socializou com os docentes da Ufal as discussões e o calendário de atividades que inclui uma nova reunião do Setor, no final do mês.

 

Segundo o presidente da Adufal, a reunião em Brasília possibilitou o aprofundamento da discussão sobre as dificuldades e as peculiaridades de 2014, levando em conta os desdobramentos de 2012 e 2013 e o fato de ser este um ano eleitoral. Das atividades programadas para acontecer neste mês de abril, Marcio Barboza deu destaque para o dia 10 (quinta-feira), quando está marcada uma audiência entre o Andes SN e a Secretaria Executiva de Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC).

 

“A solicitação para que houvesse interlocução com os técnicos do MEC prende-se ao fato de querermos discutir a reestruturação da carreira docente, a partir de questões conceituais e não apenas com apresentação de tabelas e mais tabelas como aconteceu em 2012 e resultou no aprofundamento da desestruturação da carreira”, disse.

 

Marcio Barboza também expôs a respeito do movimento unificado do funcionalismo federal e relatou aos presentes a respeito da participação da diretoria da entidade junto ao Fórum Alagoano de Servidores Públicos Federais (SPF’s), em reuniões e outras atividades que vêm sendo realizadas desde janeiro.

 

Intervenções - Em seguida, vários professores fizeram intervenções sugerindo estratégias de luta para campanha salarial 2014 e apontando a possibilidade de, a depender das negociações com o Governo, os docentes decidirem por uma greve. “Se as condições de trabalho continuam as mesmas e se a carreira dos docentes continua desestruturada, temos motivos para deflagrar uma greve”, disse Joelma de Oliveira Cavalcante, professora de Educação Física, do Campus Arapiraca, Para ela, é necessário intensificar a mobilização e apresentar de maneira clara e objetiva à categoria e ao público em geral os pontos chaves da luta das reivindicações locais e nacional.

 

O professor Tiago Leandro (Zurck), do Centro de Educação (Cedu) falou sobre a necessidade de se construir a mobilização para um movimento paredista. “Existem motivos para uma greve, mas os docentes se prendem à questão do calendário acadêmico” afirmou. Para ele, a comissão local de mobilização [CLM] deve ter entre suas atribuições, a de construir a pauta local e fazer a interlocução com a Reitoria. “A pauta local se diferencia de universidade para universidade e até mesmo de unidade para unidade”, expôs.

 

Nas intervenções que fez, o professor Jenner Barretto Bastos Filho, do Instituto de Física (IF), discorreu sobre as injustiças provocadas pela criação de novas classes e níveis na carreira docente. Ele também destacou a importância de se acompanhar com atenção a tramitação do Plano Nacional de Educação (PNE) que voltou para a Câmara dos Deputados após ter sido aprovado no Senado com a exclusão do termo “pública”, o que amplia a política de desvio de orçamento da Educação Pública para a iniciativa privada.

 

Membro da Coordenação Geral do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), o técnico-administrativo Emerson Oliveira participou da reunião a convite da diretoria da Adufal e expôs sobre a greve iniciada pelo técnicos desde o dia 20 de março. Segundo ele, o movimento, cada vez mais forte, está sendo ampliado a cada assembleia realizada.

Emerson Oliveira contou sobre as ameaças vindas de orientações da Advocacia Geral da União (AGU) prestadas à administração central da Ufal para que seja aplicado o corte de ponto e disse que a assessoria jurídica do Sintufal está atenta e já tomou as providências cabíveis. “O assessor jurídico do Sindicato esclareceu que não existe decisão judicial que tenha declarado a ilegalidade da greve para justificar corte de ponto dos servidores. Para nós, a atitude da AGU atenta contra autonomia da gestão da universidade e  tal recomendação não possui força impositiva. A esses ataques, reagimos com o fortalecimento da greve”, afirmou o dirigente do Sintufal.

 

A esse respeito disse o diretor de Política Sindical da Adufal, professor Antônio Passos: “Esse tipo de intimidação tem sido costumeiro no intuito de afrontar os trabalhadores em suas reivindicações, mas a greve é um direito constitucional”. Outros participantes fizeram intervenções lembrando de posicionamentos do ex-Reitor Fernando Gama – que mesmo durante o Ditadura Empresarial/Militar reagia de forma independente frente a “orientações” do então presidente João Figueiredo.

 

Grupo de Trabalho  – Durante a reunião foi apresentado o Grupo de Trabalho (GT) de Seguridade Social da Adufal, que a exemplo do GT Nacional, planeja  atuar realizando atividades como seminários sobre saúde do trabalhador, sobre assistência e previdência, Rodas de Conversas sobre o assunto com novos professores e visitas às Unidades Acadêmicas para prestar esclarecimentos sobre o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp). São membros do GT de Seguridade Social a professora Margarida Santos e os professores Marcio Barboza, Francisco Passos, Antônio Passos, Henrique Cahet e Tiago Leandro (Zurck), com a coordenação do Professor José Menezes.

 

Comissão Local de Mobilização – A CLM da Adufal tem entre seus membros diretores da entidade, os professores José Menezes e Tiago Leandro (Zurck) e a professora Georgia Cea.

 

Fonte: Ascom da Adufal

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