21/11/2014
Atualizada: 21/11/2014 00:00:00


Adufal 35 anos

Adufal e o quadro político social na década de 80

A grave crise econômica e o final da ditadura marcaram os anos 80. A reorganização dos movimentos sociais abriu nova página na história do país, embora os índices econômicos, a inflação, o poder de compra dos salários e outros indicadores econômicos tenham sofrido profunda queda.

O mundo também avançou com o fim da guerra fria e queda do muro de Berlim. Os climatologistas identificaram o buraco na camada de ozônio.

Nesse clima, tornou-se premente a integração da Adufal nos movimentos populares da época.

O primeiro conselho diretor foi eleito através do pleito com chapa única presidida pelo Marcello Lavenère Machado, atendendo ao dispositivo estatutário, a mesa coordenadora deu posse ao conselho.

A partir desse momento, a Adufal passou a realizar cadastro de associados e, através do Departamento de comunicação, registrou a existência às congêneres, às reitorias, ao MEC e ao Diretório Central de Estudantes.

Foi registrada em ata, a supressão de pagamento de incentivo de 40 horas a diversos professores.

Já naquela época, a exemplo de hoje, utilizava-se os mesmos mecanismos.

As pautas de reunião daquele tempo apontam para discussões de assuntos como salário, carga horária, condições de trabalho e colaboradores.

O presidente da Adufal, Marcio Barboza, da Gestão Fortalecer e Avançar, lembrou que o Andes defende uma carreira que tenha como referência os princípios aprovados pela base do sindicato. Princípios que visam a indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão; a paridade entre ativos e aposentados; a isonomia; a vinculação a um plano nacional de capacitação docente; a unificação da carreira entre docentes do Ensino Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, com a criação do cargo de Professor Federal, em 13 níveis e que possibilite todos e todas alcançarem o último nível.

A proposta de carreira do Andes também contempla o reenquadramento dos aposentados e a devida paridade de vencimentos.

Já em relação à Campanha Diga Não ao Funpresp, Cláudia March, secretária geral e encarregada de assuntos da aposentadoria do Andes-SN, afirma que é problemática a relação entre as universidades e o fundo, pois as instituições estão cedendo dados pessoais dos docentes ao Funpresp.

Cláudia March ressalta a necessidade de retomar a campanha contrária à adesão para aqueles professores que não aderiram, explicitando os riscos inerentes ao mercado financeiro.

“Seguimos lutando também pela reversão da Reforma da Previdência, e para explicitar nossas divergências em relação a esse tema para o conjunto da categoria”, concluiu a docente.

Para tornar público os problemas da Universidade, a Adufal conseguiu assegurar matérias para o jornal Tribuna de Alagoas com o título “Tribuna na Educação”.

O jornal deu ampla cobertura à assembleia realizada no dia 17 de abril de 1980, que teve a participação do reitor João Azevedo com exposição sobre a realidade da universidade.

Os resultados foram considerados satisfatórios, inclusive em âmbito nacional, na luta pela conquista de amplas liberdades políticas e de repudio à criação da ordem dos professores do Brasil.

Ao longo desse período, foi instituída comissão organizadora de seminários que elaborou programa vasto.

Registre-se, também, os esforços para conseguir a doação de terreno para construção da sede da Adufal.

Um voto de louvor na página da Tribuna de Alagoas, para a comissão dos colegas Bento Luiz Augusto, Hilda Laffitte e Marcello Lavenère Machado pela tarefa e doação do terreno para construção da sede da Adufal.

Também, registre-se o regozijo do número de 323 docentes associados.

Pesquisa: Diretoria Cultural

Fonte: Ascom Adufal

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