16/04/2015
Atualizada: 16/04/2015 00:00:00


 

A Adufal – seção sindical do Andes-SN participou, nesta quarta-feira (15), do Ato Público em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra o PL 4330, projeto de lei que regulamenta a terceirização do trabalho, no Brasil. A manifestação teve início, às 9h, em frente ao Cepa – Centro Educacional de Pesquisa Aplicadas (Antigo CEAGB) e seguiu pela Avenida Fernandes Lima até a Caixa Econômica Federal, no Centro de Maceió, com os participantes levando faixas, proferindo palavras de ordem  e distribuindo panfletos.

De iniciativa de centrais sindicais como a Central dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), a atividade fez parte da programação do Dia de Paralisação Nacional. “O nosso movimento é de resistência à retirada dos direitos trabalhistas. Isso tem a ver com todos os trabalhadores. O Andes-SN, nosso Sindicato Nacional, vem orientando suas seções sindicais a realizarem esforços para se incorporarem ao movimento. Estamos todos juntos.”, disse o presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), professor Marcio Barboza.

O PL 4330 da terceirização é um ataque aos direitos trabalhistas e à organização sindical. Irá precarizar o trabalho, impedir a realização de concurso público, favorecer a corrupção, substituir os trabalhadores de carteiras assinadas por terceirizados sem garantia dos direitos.

Para Marcio Barboza, este é um momento em que os trabalhadores devem demonstrar sua insatisfação, seu repúdio. Caso tramite em todas as instância e vier a ser aprovado com essa redação, o PL 4330 vai permitir a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização, seja para empresas privadas ou públicas.

Andamento - No dia 8, o texto-base foi aprovado, na Câmara dos Deputados, por 324 a 137 votos. Na atual fase está sendo submetido a emendas, ainda  na Câmara. A votação das modificações estava prevista para acontecer nesta quarta (15), porém com a pressão das manifestações, foi adiada para a próxima semana. “Consideramos que o adiamento é uma vitória da mobilização, ainda que parcial. Estamos atentos aos próximos passos no Congresso Nacional. Continuaremos a pressionar para que esse famigerado PL 4330 não seja de fato aprovado”, comentou o vice-presidente da Regional Nordeste III do Andes-SN, pofessor Tiago Leandro (Zurck). Posteriormente, o PL será encaminhado ao Senado e em seguida será enviado à presidente Dilma Rousseff para sanção.

 Sindicatos participantes - Além da Adufal, participaram da manifestação, entre outras representações, o Sindicato dos Jornalistas (Sindjornal), Sindicato dos Urbanitários, Movimento Sem Terra (MST), Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro), Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Químicos, Petroquímicos, Fertilizantes e Plásticos dos Estados de Alagoas & Sergipe (Sindipetro AL/SE), Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal e do Ministério Público da União em Alagoas (Sindjus), Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal), Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), Unidade Popular (UP) e Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal).

Santana do Ipanema – Segundo o professor José Menezes Gomes, do curso de economia da Ufal, em Santana do Ipanema, a programação das atividades no Dia de Paralisação Nacional constou de debates com os estudantes e aula pública sobre os efeitos do PL 4330 e das Medidas (MP) 664 e 665, que retiram direitos do seguro-desemprego e da pensão por morte, na praça principal da cidade. “Ao lado de representantes dos estudantes e do Sindicato dos Servidores da Previdência (Sindprev), concedemos entrevistas a Rádios locais, dando conta do andamento do PL 4330 e das MP, no Congresso Nacional, mostrando a necessidade de todos participarem das manifestações”,contou Menezes.

Fonte: Ascom Adufal

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