25/05/2015
Atualizada: 25/05/2015 00:00:00




Reunidos em assembleia geral convocada pela Associação dos Docentes da Ufal (Adufal) – seção sindical do Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (Andes SN), nesta segunda-feira (25), no Campus A. C. Simões, os professores da Ufal decidiram entrar greve.


Assinaram o livro de presença da entidade 179 professores, obtendo assim, quórum, de acordo com o estatuto da entidade. Na hora da votação foram computados 116 votos favoráveis à greve, 47 contra e duas abstenções. Numa segunda votação, os professores decidiram sobre a data do início da greve. Por 97 votos a 50 e sete abstenções foi vitoriosa a proposta de greve a partir desta quinta-feira (28).


A reestruturação da carreira, a valorização salarial de ativos e aposentados, a defesa do caráter público da universidade, melhores condições de trabalho e a garantia de autonomia para as universidades são os principais eixos de reivindicações. A pauta dos professores foi protocolada desde março no Ministério de Educação (MEC) e no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog). 


Soma-se a essa reivindicações a pauta dos demais servidores públicos federais que inclui data-base para todos, dispositivo que consta na Constituição Federal 


Os professores lutam pela reestruturação da carreira porque seus referenciais remuneratórios aparecem apenas em tabelas de valores nominais, sem piso, sem lógica de evolução, sem relação entre regimes de trabalho e titulação. Na última greve, em 2012, a reestruturação já era uma antiga reivindicação, mas, segundo o presidente da Adufal, professor Marcio Barboza, nada foi resolvido a esse respeito. “Naquela ocasião, o governo apresentou tabelas e mais tabelas que na prática resultaram no aprofundamento da desestruturação da carreira e por isso, nosso Sindicato Nacional não assinou o acordo proposto”, expôs Marcio Barboza.

 

Retrospectiva - Em abril de 2014 o governo interrompeu as negociações com o Andes-SN, apesar de o representante do MEC, na época, Paulo Speller, ter assinado um documento de concordância com os pontos iniciais para a reestruturação da carreira dos professores, o que foi considerado um avanço nas tratativas sobre a carreira docente. 


Em 10 de março deste ano, o Andes-SN participou de uma reunião no MEC, na qual, o então ministro da Educação, Cid Gomes, não compareceu. O secretário executivo do ministério, Luiz Cláudio Costa, apenas justificou a ausência do ministro, sem dar qualquer resposta à pauta. 


Na sexta-feira passada (22), a convite do MEC, o Andes-SN participou de reunião em que reapresentou a pauta de reivindicações dos docentes federais. Atendidos pelo ministro da educação em exercício, Luiz Cláudio Costa, foram informados que o acordo firmado em de abril de 2014 sobre os conceitos da carreira não é válido, que nenhum secretário do MEC pode assinar acordo sem a aprovação do resto do ministério e que não poderia começar a negociação a partir do acordo firmado em abril de 2014 porque Paulo Speller, então secretário da Sesu, não teria autonomia para assinar tal acordo.


“Apesar de termos aguardado um ano e um mês, nós tivemos poucos elementos concretos na reunião do que vão nos apresentar enquanto contraproposta. Houve apenas um comprometimento de estudo da pauta por parte do secretário da Sesu, e uma agenda que só virá em junho, sem data prevista”, avaliou a secretária-geral do Andes-SN, Cláudia March. 


Assessoria de Imprensa da Adufal


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Fonte: Ascom Adufal

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