31/07/2015
Atualizada: 31/07/2015 00:00:00


Data: 31/07/2015

 

Docentes federais em greve se reuniram na quinta-feira (30), em Belém (PA) e no Rio de Janeiro (RJ), com diversas categorias do funcionalismo público federal, em ato contra as medidas de ajuste fiscal, adotadas pelo governo federal, e a recusa do Executivo em avançar no processo de negociação das pautas unificada e específicas das categorias.
 
Em Belém, no Pará, os servidores protestaram pela manhã, em frente ao prédio da Receita Federal, localizado no centro da cidade. Com faixas e apitos, os servidores chamaram a atenção de quem passava pelo local. "Lutar por direitos não é crime! Luto pela Educação” e "Bolsa Banqueiro, não!! Queremos Salário, Previdência, Saúde e Educação!", eram o que diziam algumas das faixas. A manifestação contou, também, com apresentações culturais.
 
Luciene Medeiros, secretária-geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Pará (Adufpa-Seção Sindical do Andes-SN) destacou a importância da unidade entre os SPF e o fortalecimento da luta da categoria dos docentes. “Só unidos podemos barrar os efeitos desse ajuste fiscal, que joga nas costas dos trabalhadores os custos do desvio de recursos com a corrupção e com o pagamento dos juros da dívida pública”, defendeu.  Ela criticou o desmonte da educação pública no Brasil, que vem ocorrendo nas últimas décadas. E ressaltou o Plano Nacional de Educação (PNE) como uma política que privilegia apenas os interesses da iniciativa privada. “Hoje, cerca de 80% das matrículas no ensino superior estão nas instituições privadas”, completou.

Além dos docentes da Ufpa, o protesto reuniu servidores do Incra, da Funasa e do INSS, que também estão em greve. E, ainda, auditores fiscais da Receita Federal e dos trabalhadores do Instituto Evandro Chagas e do Centro Nacional de Primatas, que estão em processo de mobilização para construção de um movimento grevista.
 

No Rio de Janeiro, as seções sindicais do Andes-SN, em greve, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Adufrj SSind) e Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense (Aduff SSind), os técnico-administrativos e estudantes se uniram aos demais servidores públicos federais e percorreram a avenida Rio Branco, no Centro do Rio, em direção a Cinelândia, região popular da capital fluminense. Segurando faixas, com os dizeres “Os trabalhadores não vão pagar pela crise", os SPF defendiam, ainda, a greve geral contra os ataques do governo. Cerca de 1,2 mil pessoas participaram do ato, que reuniu servidores em greve não apenas da Educação, mas também das áreas da Saúde, Previdência, Judiciário e de outros setores em mobilização.

Segundo Luiz Acosta, 1° vice-presidente da regional do Rio de Janeiro do Sindicato Nacional, a “dívida pública não para de crescer e o custo dessa dívida recai sobre os trabalhadores", disse. "Estamos vivendo uma verdadeira ditadura dos bancos", completou.
 
Na próxima segunda-feira (3), o Fórum Nacional das Entidades dos SPF se reúne em Brasília, para organizar as próximas atividades da Campanha Salarial 2015, como a nova marcha nacional convocada para quinta-feira (6). A expectativa é de que haja mais uma rodada de negociações com o Ministério do Planejamento nos próximos dias, porém a data ainda segue indefinida.
 
*Com informações e imagens da Adufpa-SSind. e Aduff-SSind.

 

Fonte: Andes SN

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