18/08/2015
Atualizada: 18/08/2015 00:00:00


 

 

Das 8h às 10h, fizeram panfletagem no portão da Ufal e no final da manhã realizaram ato público na Praça.

 

Em greve há mais de 80 dias, docentes, técnicos e estudantes da Ufal  fizeram, nesta terça-feira (18), das 8h às 10h, fizeram panfletagem na frente do Campus A.C. Simões, no bairro Cidade Universitária e, em seguida, acompanhados por um trio elétrico, saíram em carreata pelas Avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima até a Praça Sinimbu, onde, novamente distribuíram panfletos e realizaram Ato Público, expondo à população os motivos da greve.

 

Organizada pelo Fórum Estadual das Entidades de Servidores Públicos Federais (SPF/Alagoas), a atividade a que os grevistas estão chamando de “agosto vermelho”, - devido ao fato de que entre os dias 17 e 19, o governo assumiu o compromisso de realizar uma nova mesa de negociações com o Fórum dos SPF -, aconteceu em diversas cidades do país com o objetivo de pressionar o governo federal por negociações efetivas em torno da pauta unificada dos SPF.  

 

Segundo os organizadores, a intenção é chamar o governo à responsabilidade de negociar e conseguir que  o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) apresente outra proposta que não o reajuste de 21,3% parcelado em quatro anos. Eles também querem que o Ministério da Educação (MEC) se pronuncie objetivamente em relação às pautas específicas da pasta.

 

“A carreata foi importante para o movimento grevista, pela visibilidade que teve para a comunidade alagoana, com ampla cobertura dos órgãos da imprensa, representando, assim, marco significativo na luta por uma universidade melhor e, consequentemente, uma sociedade mais justa”, disse o professor o diretor de Política Sindical da Adufal e membro do Comando Local de Greve (CLG), professor Antônio Passos.

 

 “Nossa intenção é radicalizar as intervenções para fazer com que o governo negocie, efetivamente, a pauta do movimento. Juntos somos mais fortes.”, expôs Jeamerson Santos, da coordenação geral do Sindicato do Trabalhadores da Ufal (Sintufal). 

 

Propostas do SPF e do governo - No dia 25 de junho, o governo apresentou em reunião com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPF) e outras entidades sindicais, ,proposta de reajuste de 21,3% parcelado em quatro anos, a ser pago anualmente nos meses de janeiro de 2016 até 2019. No primeiro ano, a parcela de reajuste seria de 5,5% - nos demais seria, em ordem, de 5%, 4,75% e 4,5%.

Analisada em assembleias de docentes e demais categorias de SPFs por todo país, a proposta, abaixo da inflação, foi avaliada como muito distante das necessidades dos servidores. A posição do movimento é que os acordos salariais devem ter apenas um ano de duração.

A proposta original do Fórum dos SPF era de 27,3%. A construção desse índice levou em consideração a inflação acumulada desde 1º de julho de 2010 (data da vigência da última parcela do reajuste trienal concedido em 2008 para algumas categorias) até janeiro de 2015, agregando ainda a projeção de inflação até dezembro de 2016 e ainda 2% de aumento real, em uma parcela única para 2016.

 

 

Possibilidade de negociação - Com possibilidade de uma nova rodada de negociação acenada pelo governo ainda para esta semana, os SPF criaram uma comissão para estudar um índice inferior aos 27,3%  pleiteados inicialmente e pretendem apresentar a contraproposta de índice de reajuste linear de 19,7% com pagamento em janeiro de 2016, sem parcelamento. Essa proposta – segundo os representantes do movimento - nem sequer repõe as perdas inflacionárias, mas vem sendo aprovada pela maioria dos SPFs, em assembleias de distintas categorias.

 

Composição do Fórum dos SPF em Alagoas - Compõem o Fórum em Alagoas, o Comando Unificado de Greve da UFAL (ADUFAL, Sintufal, e seus respectivos Comandos Locais de Greve, e o DCE), o Comando Local de Greve do Instituto Federal de Alagoas e o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e do MPU em Alagoas (Sindjus),

 

Eixos consensuais da pauta dos SPFs na campanha salarial unificada de 2015:

1. Política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias;

2. Índice linear de 27,3%;

3. Data-base 1º de maio;

4. Direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT);

5. Paridade Salarial entre ativos e aposentados;

6. Retirada dos projetos do congresso nacional que atacam os direitos dos servidores;

7. Aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores;

8. Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes;

9. Anulação reforma da previdência realizada através da compra de votos dos parlamentares;

10. Extinção do fator previdenciário;

11. Incorporação de todas as gratificações produtivistas;

12. Fim da terceirização que retira direito dos trabalhadores;

13. Concurso público pelo RJU;

14. Combate a toda forma de privatização;

15. Pela aprovação da PEC 555/06 que extingue a cobrança previdenciária dos aposentados;

16. Pela aprovação do PL 4434 que recompõe as perdas salariais;

17. Regulamentação da jornada de trabalho para o máximo de 30 horas para o serviço público, sem redução salarial;

18. Pec 170/2012 – aprovação de aposentadoria integral por invalidez;

19. Liberação de dirigentes sindicais com ônus para o estado, sem prejuízo as promoções e progressões na carreira;

20. Pela revogação do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos (Funpresp)  e da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

 

 

Assessoria de Imprensa da Adufal

 

Jornalista responsável: Lucia Rocha M T E  679

 

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Fonte: Ascom Adufal

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