20/08/2015
Atualizada: 20/08/2015 00:00:00


 

Em caravana com técnicos e estudantes, docentes participam de manifestações nos dias 27 e 28

 

Em greve há quase três meses, professores da Ufal, reunidos nesta quarta-feira (19), no auditório do Centro de Interesse Comunitário (CIC), no Campus A. C. Simões, socializaram informações sobre o andamento das negociações do Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fórum dos SPFs) com o governo, sobre as tomadas de decisões do Comando Nacional de Greve (CNG) do Andes-SN e decidiram articular a participação de uma caravana composta por docentes, técnicos e estudantes para participar das manifestações que ocorrerão em Brasília (DF) nos dias 27 e 28.

A intenção é radicalizar as intervenções para pressionar o governo por negociações efetivas em torno da pauta unificada dos SPF, conseguir que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) apresente outra proposta que não o reajuste de 21,3% parcelado em quatro anos e que o Ministério da Educação (MEC), que ainda não recebeu os professores, se pronuncie objetivamente em relação às pautas específicas da categoria.

 

Foto: Professora Georgia Cêa

 

Participação no CNG - Após 19 dias em Brasília como representante do Comando Local de Greve da Adufal, no CNG do Andes-SN, Leônidas de Santana Marques, professor da Ufal de Delmiro Gouveia, considera que diante de um governo que inicialmente não pareceu disposto a negociar, - a contraproposta de 19,7% que vem sendo analisada pelo movimento para ser apresentada na próxima rodada de negociação-, é razoável.

 

A proposta foi construída por uma comissão criada pelo Fórum dos SPf para estudar um índice inferior aos 27,3%  pleiteados inicialmente. O cálculo feito para essa contraproposta levou em consideração a inflação acumulada desde 1º de julho de 2010 até junho de 2015 (data do último índice de inflação real).

 

Segundo o professor Leônidas, o índice de 19,7% não repõe as perdas inflacionárias, mas vem sendo aprovado pela maioria dos SPFs, em assembleias de distintas categorias realizadas por todo o país. “Das 28 seções sindicais presentes numa das reuniões do CNG que discutiu a respeito desse percentual, somente cinco ou seis rejeitaram a contraproposta”, disse o professor.

 

Foto: Professor Leônidas de Santana 

No relato que fez durante a assembleia, ele conclamou os colegas à luta e afirmou que a articulação entre as três categorias – docentes, técnicos e estudantes - continua forte em todo o país. “A palavra do momento é radicalizar, participando ativamente das atividades propostas pelos CLG e CNG”.

Desde segunda-feira ( 17 ) e nestes  próximos 15 dias, o CLG da Adufal, tem como delegado junto ao CNG do Andes-SN, o professor Artur Bispo, do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA),  e como observador, o professor Salomão Santiago, do Centro de Educação (Cedu).

 

Foto: Professor Vitor Lima

Iniciada em 28 de maio, a greve dos docentes conta com a adesão de 48 seções sindicais. O movimento luta pela reversão dos cortes no orçamento educação federal, em defesa do caráter público da universidade e reivindica, entre outros itens, melhores condições de trabalho, garantia de autonomia nas instituições federais de ensino (IFE,) reestruturação da carreira e valorização de ativos e aposentados.

 

Encaminhamentos - Segundo o  Tiago Leandro da Cruz, (Tiago Zurck), professor do Cedu, vice-presidente da Regional Nordeste III do Andes SN e membro do CLG da Adufal, em atendimento ao encaminhado do CNG – a partir da circular 186/2015, a assembleia aprovou o envio da caravana a Brasília junto com os técnicos e estudantes; o encaminhamento de um documento ao Consuni, solicitando o posicionamento sobre os cortes na Educação; a ida às unidades acadêmicas do Campus A. C. Simões com o objetivo de garantir a continuidade da adesão ao movimento paredista e a realização de rodas de conversa com os estudantes e aulas ministradas pelos professores todas as terças-feiras, a partir das 14h. Sobre esta última atividade, a observação é que as propostas devem ser enviadas para o email do CLG: clgadufal2015@gmail.com .

 

Foto: Professor Antônio Passos

Também foi aprovada a realização de atividades desportivas na orla da Jatiúca, na altura do Posto 7, todas as sextas-feiras, a partir das 17h, com o objetivo de divulgar e dar visibilidade ao movimento e promover maior integração entre os professores nesse período de greve.

 

Fundo de greve - A proposta de 1% sobre o vencimento básico dos docentes para o fundo de greve foi encaminhada para ser avaliada na próxima assembleia dos professores, marcada para quarta-feira (26), às 9h, no auditório do Centro de Interesse Comunitário (CIC), no Campus A. C. Simões. A atividade formativa será sobre responsabilidade fiscal, a ser apresentada pelo professor José Menezes, da Unidade da Ufal de Santana do Ipanema, do Campus Sertão.

 

Foto: Professor José Menezes

Moções de apoio - A assembleia aprovou duas moções de apoio: uma aos estudantes da Ufal que, sem receber o pagamento das bolsas, estão ocupando a reitoria desde quinta-feira (13) e outra à greve dos trabalhadores da Educação Pública do Estado. Também ficou decidido que, por conta da ida a Brasília, será solicitada a marcação de uma nova data para a audiência que estava marcada para o dia 26, com o reitor Eurico Lôbo.

 

“É fundamental fortalecermos a unidade junto aos SPF e participar ativamente das ações que são promovidas pelo Comando Local Unificado (CLU). A caravana de 27 e 28 tem como principal objetivo reunir professores, estudantes e técnicos de todo o Brasil para forçar o ministro Renato Janine a receber o Andes-SN e dar uma resposta concreta à pauta da Educação”,  conclama Tiago Zurck.   

 

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Fonte: Ascom Adufal

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