17/01/2017
Atualizada: 17/01/2017 00:00:00


Lançado no ano passado, pelo diretor Britânico Ken Loach, ‘Eu, Daniel Blake’, o grande vencedor do festival Cannes em 2016. O filme está em cartaz em Maceió, nesta quarta-feira (18), às 20:30, no Centro Cultural Arte Pajuçara.

O longa tem como proposta denunciar a precarização da classe trabalhadora britânica diante de um Estado burocratizado, mecanizado, insensível. Para isso, acompanha a rotina de Daniel Blake, um carpinteiro que sofre um infarto, fica impedido de voltar ao trabalho e entra numa luta social para obter seu auxilio-desemprego. Além disso, enfrentar o estigma de quem associa o benefício - um direito - a uma certa indisposição ao trabalho.

Daniel Blake é o cidadão impotente diante de um Estado que falha em garantir sua dignidade quando ele mais precisa. Mesmo num cotidiano de privações, Daniel encontra tempo e disponibilidade para ajudar seus jovens vizinhos imigrantes e também uma mãe solteira, Katie (Hayley Squires), outra vítima da teia burocrática do Estado, que multiplica obstáculos no caminho para garantir os benefícios sociais, e, por isso, essa família está passando fome, dependendo dos “bancos de alimentos” para sobreviver.

Para o colunista do Jornal Brasil de Fato, Mário Augusto Jakobskind, o filme não deixa de ser para os brasileiros uma mostra do que poderá ser o país se as políticas do golpista Michel Temer forem implementadas, sobretudo, os fundamentos da proposta “Ponte para o Futuro”.  

“Embora o drama apresentado por Loach aconteça na Inglaterra, a história é universal e ganha relevância aqui no Brasil ocupado por um governo golpista que está provocando um tremendo retrocesso social ao exigir que os trabalhadores paguem a conta do buraco orçamentário de responsabilidade integral da classe dominante [..] (o filme) é um aviso para os trabalhadores dos países periféricos que estão sendo governados, no caso do Brasil de forma ilegítima, por dirigentes que tentam levar até as últimas consequências um projeto de enfraquecimento do Estado e que acarretará sem dúvida maior desemprego e total desamparo social”.

Leia a crítica na íntegra: LINK 

O diretor desta obra se notabilizou por dar voz e protagonismo aos sujeitos injustiçados, os pequenos cidadãos que sofrem, absorvem, reagem e influenciam os grandes eventos da história.

De acordo com a crítica, este é um filme para ver, refletir e até mesmo traçar um paralelo com a realidade política existente no Brasil.

Sinopse

Após sofrer um ataque cardíaco e ser desaconselhado pelos médicos a retornar ao trabalho, Daniel Blake (Dave Johns) busca receber os benefícios concedidos pelo governo a todos que estão nesta situação. Entretanto, ele esbarra na extrema burocracia instalada pelo governo, amplificada pelo fato dele ser um analfabeto digital. Numa de suas várias idas a departamentos governamentais, ele conhece Katie (Hayley Squires), a mãe solteira de duas crianças, que se mudou recentemente para a cidade e também não possui condições financeiras para se manter. Após defendê-la, Daniel se aproxima de Katie e passa a ajudá-la.

Serviço

Filme: Eu, Daniel Blake

Dia: 18 de janeiro

Hora: 20h30

Local: Centro Cultural Arte Pajuçara

Valor: R$14,00 (inteira), R$7,00 (meia)


2024

Adufal - Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas

Acesso Webmail