23/03/2017
Atualizada: 23/03/2017 00:00:00

Ascom Adufal

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu os efeitos da Lei 7.800/2016 de Alagoas, conhecida como Lei da Mordaça. A decisão aconteceu na última terça-feira (21) e tem o caráter liminar.

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) se posicionou contrária a famigerada “Lei da Mordaça”, desde o início da sua tramitação, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), por entender que estava sendo vilipendiado um dos princípios fundamentais da Constituição Brasileira, que é a liberdade de ensinar e aprender.

Os docentes da instituição participaram de atos contra a aprovação da Lei, unindo-se aos professores e estudantes da educação básica no estado. As manifestações, em sua maioria, aconteceram na própria ALE, ainda no ano passado.

A diretora de Polícia Educacional da Adufal, Irailde Correia explicitou o posicionamento da instituição contra a censura dos(as) docentes, nas salas de aula.

“Reafirmamos, não existe educação neutra, toda ação educativa é um ato político. O que buscamos é que o(a) professor(a) tenha uma formação que assegure a pluralidade de ideias, de reflexões de mundo e seja capaz de lidar com a diversidade cultural e social. Portanto, fomos as ruas com Sinteal, Sinpro e movimentos sociais e estudantis, denunciamos esse ataque a liberdade de expressão e mobilizamos pela derrubada da lei da mordaça. Continuamos na luta sempre na defesa da educação livre, sem amarras e da democracia”, afirmou.

Atos contra a Lei da Mordaça

Professores da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) participaram de um ato em abril de 2016, em frente à Assembleia Legislativa Estadual de Alagoas (ALE), no centro de Maceió, contra o projeto. Durante o ato, professores e alunos se uniram para protestar contra o projeto que ficou conhecido como Lei da Mordaça. O Escola Livre foi aprovado por unanimidade na ALE em novembro de 2015 e encaminhado para apreciação do governador Renan Filho, que decidiu vetá-lo.

Em outra oportunidade, desta vez dentro da ALE, os docentes da Adufal participaram de um ato para acompanhar e pressionar os deputados no intuito de que votassem contra a Lei da Mordaça e a proibição de estudos de gêneros. Porém, na oportunidade, a votação foi retirada de pauta.

 

 

Fonte: Ascom Adufal

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