19/06/2017
Atualizada: 19/06/2017 00:00:00

Foto: Ascom Adufal

Nos dias 16 e 17 de junho a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), campus Sertão, recebeu docentes de várias regiões do nordeste para um encontro promovido pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal). O 53º Encontro Regional Nordeste III do Andes-SN, com o tema: Movimento Docente contra as Reformas: Greve Geral e Reorganização da Classe Trabalhadora!”, aconteceu em Delmiro Gouveia e recebeu professores/as de Sergipe, Bahia e próprio Estado.

Para iniciar os trabalhos, houve uma apresentação cultural da orquestra Coro Universitário do Sertão, do projeto de extensão do campus, regido pelo maestro Marcel Garrido. Logo após, a mesa de abertura com o tema: "Greve Geral e Reorganização da Classe Trabalhadora!”. A presidenta da Adufal foi uma das conferencistas desta mesa. Ela apresentou a experiência da seção sindical alagoana no enfrentamento da crise política gerada pelo golpe contra a presidenta Dilma.

O tema do combate ao preconceito à diversidade também esteve presente no encontro. A professora Aparecida Batista, diretora da Adufal, debateu com os docentes ‘As contrarreforma e o recrudescimento do conservadorismo: machismo, racismo, sexismo e LGBTfobia‘. Para ela, esse é um tema extremamente necessário e que deve estar presente nos espaços de discussão. De acordo com a docente, esse é um debate caro que custa a vida de muitos e muitas e por isso todos/as precisam apoderar-se deste tema para avançar na construção de uma sociedade longe do preconceito e com mais humanidade.

O professor Carlos Müller, diretor de Política Sindical da Adufal relatou as questões organizativas relacionadas as linhas de ação tocadas pela Adufal. “Em nossa atuação sindical buscamos sempre uma unidade na prática, cotidianamente, com diversos setores. Para avançar nas lutas é importante deixar as vaidades e melindres de lado para estabelecer unidade de ação. Acredito que o nosso sindicato nacional deveria se posicionar assim, também”, enfatizou.   

Outro debate que surgiu foi a proposta de uma Assembleia regimental, para rediscutir o regimento interno da Adufal, de modo a adequá-lo a realidade local. A presidenta do Andes-SN Eblin Farage é uma das defensoras dessa proposta. Para ela, é importante fortalecer esse debate e discutir com a base as mudanças necessárias no regimento interno da Adufal. “Questões como essas são centrais para o funcionamento local. Adequar o regimento às demandas de cada região, levando em consideração, inclusive, a multicampia das universidades”, comentou a dirigente nacional.

A multicampia universitária, fruto da política de expansão do governo Lula promoveu uma capilarização das universidades públicas e, junto a isso, a disposição da Adufal em estar presente, fazendo lutas em todos os lugares onde existe Ufal. Uma das intenções da mudança regimental é permitir um maior acompanhamento das questões de cada campus, a partir de uma reestruturação funcional adaptada.

Durante todo o encontro a Adufal disponibilizou monitoras para cuidar de crianças, garantindo a participações de pais no encontro.

A reitoria da Universidade Federal de Alagoas esteve na mesa de abertura, representada pelo Assessor de Relações internacionais, Aruã Lima.

Durante o encerramento, os docentes aprovaram uma moção de repúdio do encontro contra a violência às 67 famílias indígenas Kariri Xocó, ocorrida no dia 25 de maio de 2017, em Paulo Afonso-BA, durante a ação de despejo e o incêndio da aldeia, com destruição das malocas até as plantações. Na nota, é destacado que a área ocupada por estas famílias, “pertence ao DNIT” (órgão do Governo Federal), possuindo cerca de 170 hectares e encontrava-se abandonada por 30 anos, a qual já devia ter sido demarcada. Para os docentes, essa violência impulsiona e reforça a ação de grileiros e especuladores de terra na região, que vem tomando a terra dos povos tradicionais na tentativa de escravização.

O encontro encerou com apresentação cultural do espetáculo ‘O mundo negro’, do grupo Abí Axé Egbé, também do projeto de extensão e equipamento cultural da Ufal. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Ascom Adufal

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