09/10/2017
Atualizada: 09/10/2017 00:00:00


A diretoria da ADUFAL vem a público apresentar seu posicionamento acerca de alguns conflitos envolvendo docentes da UFAL, referentes a divergências políticas e ideológicas no âmbito universitário.

A história da ADUFAL e a trajetória de lutas construída ao longo dos últimos dois anos pela Gestão ADUFAL – História de Lutas que se renova – testemunha o compromisso ético, político e cidadão dessa gestão com a defesa da democracia, da educação e dos serviços públicos, da Universidade e dos direitos sociais e trabalhistas e contra qualquer forma de opressão. Nesse período, assumimos importante papel nos processos de mobilização, articulação e organização da nossa base e de diversos parceiros (seja no movimento sindical ou nos demais movimentos sociais) para o enfrentamento dos graves ataques que a Universidade, a Educação, os serviços e servidores/as públicos/as tem sofrido, especialmente no contexto de Golpe que se instaurou em 2016.

A nossa caminhada foi marcada, desde o início, por clara postura de denúncia ao golpe perpetrado pelo (des)governo de Temer e seus aliados no Congresso. Esse golpe tem-se materializado na aprovação de Emendas Constitucionais e de Leis que fazem retroceder séculos de conquistas da classe trabalhadora no Brasil. Contra esse retrocesso, a ADUFAL tem demarcado sua posição.

Estivemos presentes na Luta contra a Lei da Mordaça e continuamos atuando em defesa da liberdade de ensinar, liberdade esta, que continua ameaçada, cotidianamente, o que exige de nós, militantes sindicais, uma disposição permanente para a luta! Colaboramos com a organização e realização de Caravanas a Brasília, garantindo a participação da nossa base e de movimentos sociais parceiros em momentos fundamentais da luta contra os ataques do governo golpista e em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Nesse amplo movimento de resistência e de luta em defesa da Educação Pública, somamos forças junto às ocupações estudantis que ocorreram nos Campi da UFAL.

Tivemos também papel fundamental na revitalização do Fórum local dos/as Servidores/as Públicos/as Federais, um espaço em que temos demonstrado nossa capacidade de dialogar na diferença e buscar construir a unidade em torno de bandeiras comuns de luta, porque entendemos que um sindicato precisa ir além de pautas exclusivamente corporativas. Estivemos presentes em diversos espaços de debate acerca das questões da diversidade e de gênero; temos ocupado de forma qualificada diversos Fóruns temáticos nos quais estamos representados/as por companheiros/as da diretoria e da base. Isso pode ser verificado, por exemplo, a partir de nossa atuação no Fórum Estadual Permanente de Educação de Alagoas/FEPEAL, no CONSEA, no Fórum Estadual Permanente de Educação do Campo-AL/FEPEC, espaços nos quais as políticas públicas são discutidas e onde proposições são construídas coletivamente.

A atual Diretoria da ADUFAL tem demonstrado grande capacidade de diálogo e de construção de atividades, de documentos, de espaços de debate, quer seja no seu Conselho de Representantes, quer seja em suas Assembleias, ou em seu cotidiano, em que demandas diversas se colocam, às quais temos buscado atender, sempre que tais demandas se relacionem aos princípios nos quais acreditamos e aos quais defendemos. Entre os mais fundamentais estão o respeito à Diversidade; a defesa da Democracia e da liberdade de expressão; o compromisso com a construção de justiça social e a luta contra qualquer forma de opressão. Temos sido capazes de atender a essas demandas (desde que formalmente solicitados/as), independente dos grupos políticos de onde tais demandas se originam. A entidade tem reafirmado sua capacidade de escuta e não se tem furtado a tomar posição em qualquer debate ou questão. Foi assim com relação à defesa da autonomia universitária no episódio da EBSERH/HU e também com relação à Lei da Mordaça (seja no âmbito nacional ou local), para exemplificar.   

No atual contexto político por que passa nosso país, refletindo diretamente na política universitária, têm sido comuns os debates acalorados entre docentes, quando normalmente as emoções se inflamam, por vezes ocorrendo discussões que ultrapassam as esferas públicas, e ocasionalmente se transfiguram em disputas pessoais.

Cabe, portanto, destacar que a nossa associação, em respeito a toda sua história de luta sindical,  posiciona-se pelo respeito à livre manifestação de pensamento, visando estimular o debate de ideias, sem, contudo, apoiar nenhum tipo confronto pessoal entre docentes. Acreditamos que as discordâncias, no campo político, são salutares, mas afirmamos que declarações de caráter pessoal, não representam o posicionamento desta entidade.  Portanto, reafirmamos nosso compromisso com o pluralismo, com a democracia e com o estímulo à coesão dos/as docentes para fortalecimento dos combates democráticos. 

 

Diretoria da ADUFAL

Maceió, 09 de outubro de 2017

Fonte: Adufal

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