03/04/2018
Atualizada: 03/04/2018 00:00:00


O Campus do Sertão vai sediar, de 3 a 5 abril, o 1º Seminário do Observatório de Estudos sobre as Lutas por Terra e Território (Obelutte). O evento ocorre no Auditório Graciliano Ramos, em Delmiro Gouveia e as inscrições podem ser feitas no local, no primeiro dia do seminário, a partir das 18h30.

O evento é gratuito e os participantes que obtiverem pelo menos 75% de frequência terão direito à certificado de 20 horas.

Neila Reis, associada à Adufal, é uma das facilitadoras do debate. Ela participará da mesa que terá com o tema a educação do/no campo como ferramenta de contra-hegemonia ao agronegócio. Para ela, esta atividade dá voz as lideranças étnicas para um registro acadêmico e mostra o papel do Estado e das organizações populares, com uma leitura sobre a realidade nacional e local.

“A importância deste seminário muito grande pois dá ênfase a temática da terra, fundiária, das políticas públicas, discutindo a sustentabilidade, tecnologias e alternativas para a sobrevivência das populações tradicionais alagoanas. Além de trazer à reflexão sobre limites e possibilidades da agricultura familiar no contexto das políticas neoliberais em curso. Traz o campo, quilombo e aldeias como espaços fundamentais para fomentar práticas produtivas e educacionais que preservam uma ciência dos mais antigos”, explicou a docente.

O Obelutte é uma linha de pesquisa do Grupo de Estudos e Pesquisas em Análise Regional - Gepar/Ufal, criado em julho de 2017, com o objetivo de coletar dados e informações, bem como, refletir sobre a dinâmica da luta por terra e território.

Programação

Para abrir a programação haverá apresentação musical de Neudo Oliveira e logo após a palestra A expansão dos transgênicos no Brasil: capital-imperialismo e a monopolização da produção social da vida, às 19h30, com a professora Virgínia Fontes (EPSJV/Fiocruz e UFF).

O segundo dia de evento começa a partir das 14h30 com a palestra A luta por terra/território: a questão indígena e negra no Semiárido e no Brasil. Os convidados para o debate são os professores Amaro Leite (Ufal) e Rafael Rodrigues (Nudes), além de representantes Kariri-Xocó/BA, Kalankó/AL e da Comunidade Quilombola Serra das Viúvas.

À noite haverá apresentações culturais e a mesa redonda Semiárido e as contradições das políticas de combate à seca com os convidados Cícero Albuquerque (Ufal), Claudemir Cosme (Ifal), e Júlio Cesar (ASA/AL)

Já na quinta-feira, dia 5 de abril, a mesa redonda da tarde será Educação do/no campo como ferramenta de contra-hegemonia ao agronegócio. Os palestrantes são os professores Raimunda Aurea (UPE), Neila Reis (Ufal) e Leônidas Marques (Ufal). A partir das 16h a programação conta com uma barraca de venda e troca de sementes crioulas e uma exposição de artesanato da Comunidade Quilombola Serra das Viúvas.

O seminário encerra com um debate às 19h intitulado: A ofensiva do capital no campo brasileiro: aumento da violência, trabalho escravo e agrotóxicos. Para a discussão foram convidados os professores Edmilson Fabrini (Unioeste/PR) e Osvaldo Maciel (Ufal), além da representante do MST, Débora Nunes.

 

Fonte: Ufal

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