06/09/2013
Atualizada: 06/09/2013 00:00:00


 

Data: 06/09/2013


Vários docentes e entidades, entre elas ADLeste e Adunesp, Seções Sindicais do Andes-SN, manifestaram apoio durante esta semana ao coordenador do curso de Psicologia da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) – campus Paranaíba -, Nilson Berenchtein Netto, que denunciou agressão sofrida pelo prefeito da cidade, Diogo Tita, no dia 31 de agosto, último sábado. As Seções também repudiaram veementemente a atitude do governante.

Por meio de uma carta à comunidade acadêmica do campus Paranaíba da UFSM, Netto relatou a agressão moral e física sofrida pelo prefeito Tita (confira na íntegra). Após divulgação da carta, vários docentes, além do Sindicato dos Psicólogos do Paraná (Sindypsi-PR) e das Seções Sindicais, manifestaram repúdio à agressão e apoio ao docente.

Recentemente, o professor se posicionou publicamente contra a instalação do curso de Medicina Veterinária no campus Paranaíba da universidade antes da implementação de melhores condições de infraestrutura e de recursos humanos para os cursos já existentes no campus.

“Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (...) repudiam veementemente as agressões física e moral desferidas pelo prefeito municipal de Paranaíba, Diogo Robalinho de Queiroz (Diogo Tita), contra o professor Nilson Berenchtein Netto na noite de 31/08/2013. Também repudiamos as ofensas dirigidas naquele momento a todos os professores do Campus de Paranaíba e aos psicólogos, de forma geral. Afirmamos que tais ações não podem e nem devem ficar impunes”, afirma a ADLeste na moção, que acrescenta: “os docentes reafirmam o seu repúdio a essas violências e declaram-se intransigentemente em defesa da livre manifestação de ideias quanto aos projetos de Universidade”. (confira na íntegra). 

Diante das denúncias feitas pelo professor, a Adunesp também divulgou moção, nesta quarta-feira (4). “A Adunesp considera inadmissível a atitude do prefeito do município de Paranaiba, Sr. Diogo Robalinho de Queiroz, que, conforme denunciado, abordou um grupo de docentes em local público, agredindo-os verbal e fisicamente, agindo de forma extremamente truculenta, ofendendo os docentes com palavras de baixo calão, chamando-os, entre outras coisas, de “bando de vagabundos que chupinham o Estado”. (confira a moção).

O Sindypsi-PR também manifestou apoio ao professor e psicólogo Netto. “O que aconteceu com o psicólogo Netto Berenchtein é uma das expressões da postura opressora e policialesca com que se portam os parlamentares e gestores de nossos municípios, estados e do Governo Federal, que justamente não conseguem lidar com as divergências no campo político, senão descambando para as agressões físicas e a repressão como métodos de intimidação”, disse, em nota(leia aqui).

Na internet, circula um vídeo no qual o professor se manifesta sobre a agressão e sobre as condições precárias enfrentadas pelos docentes da universidade durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Paranaíba, nesta segunda-feira (2) (confira - http://www.youtube.com/watch?v=0RctLRFnmlY). “Eu estou aqui para trabalhar e trabalho em condições precaríssimas. Trazer um curso de Medicina Veterinária para um campus universitário em que um curso de Psicologia está trabalhando com três professores efetivos e sete substitutos é um absurdo. Um curso de Medicina Veterinária precisa de 50 técnicos, prédios e uma grande quantidade de professores. Nós não temos condições de trabalho e ainda querem mais um curso para não dar condições de trabalho para estas pessoas”, afirmou, defendendo posteriormente que a decisão da implementação do curso deve ser tomada pela UFSM, e não pela Câmara de Vereadores e Prefeitura, em respeito à autonomia da universidade.

 

Fonte: Andes SN

2025

Adufal - Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas

Acesso Webmail