19/04/2012
Atualizada: 19/04/2012 00:00:00
Não houve aula na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), durante esta quinta feira (19). Os portões estavam abertos, mas, demonstrando disposição em cumprir o que haviam deliberado em assembléia, os docentes pararam. Mesmo na única sala em que um monitor aplicava avaliação, os estudantes encerraram a atividade quando a equipe de mobilização, acompanhada por uma banda de pífanos, adentrou o prédio, percorrendo salas e corredores.
Segundo o vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), professor Marcio Gomes Barboza, o movimento está sendo muito positivo. “Usamos uma forma de mobilização baseada no convencimento dos docentes e sem necessidade de fechamento dos portões do Campus e obtivemos um resultado extraordinário. Isso mostra ao Governo Federal que a categoria é forte e está unida”, observa.
Os professores amargam perdas em seu poder de compra que, em alguns níveis da carreira chegam a quase 40%, e por isso cobram o imediato pagamento do acordo de agosto de 2011, cuja vigência foi definida para março de 2012 e não aconteceu. Ainda referente às negociações de
“Nesse ponto, a Adufal defende a proposta de carreira única para todos os professores federais, no entendimento de que a unificação das carreiras do Magistério Superior (MS) e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Ebtt), fará diminuir as disparidades existentes na remuneração dos docentes federais”, expõe o professor.
Parte dessa negociação é o acordo que os professores esperavam receber no contracheque de março de 2012 que inclui um reajuste emergencial de 4% sobre o vencimento básico - em alguns casos é menor do que o salário mínimo vigente - com incorporação da gratificação de estímulo ao magistério superior (Gemas).
Composição do GT - Composto por entidades nacionais que representam os professores e por representantes dos ministérios do Planejamento e da Educação, o GT Carreira foi um compromisso assumido pelo Governo, durante as negociações que terminaram em agosto de 2011.
Campanha salarial 2012 - Por outro lado, os docentes estão em luta pela campanha salarial de 2012 e, junto aos demais servidores públicos federais (SPF’s) vão fazer nova paralisação na quarta-feira (25). “Este ano, construímos juntos nossa pauta de reivindicações que é composta por eixos como a definição da data-base em 1º de maio; política salarial permanente com reposição inflacionária, cumprimento dos acordos firmados; supressão dos artigos 86 e 87 do PL 2203/11 que mudam os níveis de insalubridade/periculosidade; e a paridade entre ativos, aposentados e pensionistas”, adiantou Marcio Barboza.
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