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25/04/2012
Atualizada: 25/04/2012 00:00:00


Os professores e técnicos administrativos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (25). Embalados pelo som de uma banda de pífanos tipo esquenta mulé, a comissão de mobilização percorreu corredores e salas de aula e convenceu os dois únicos docentes que estavam dando aulas a encerrar suas atividades e se engajar ao movimento.

“Não houve aula. Conversamos com os companheiros mostrando a justeza de nossas reivindicações e eles decidiram nos acompanhar”, disse o vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), professor Marcio Barboza. Em sua opinião, vai ficando cada vez mais claro que os professores estão dispostos a cobrar do governo o que lhes é de direito.

Na paralisação de hoje, os docentes se juntaram aos demais servidores público federais(SPF‘s) do País e estão reivindicando um reajuste linear de 22,08%. “Este ano, a nossa pauta foi construída em conjunto com os SPF’s e, além de outros itens da campanha salarial de 2012, estamos protestando contra o descaso do governo em relação a uma política salarial para o setor público”, explica.

Segundo o professor, o governo não está cumprindo com o que está determinado na Constituição Federal. “Em seu artigo 37, inciso X, a nossa Constituição assegura revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices a todos os trabalhadores do serviço público”, observa.

O governo não tem feito reajustes no vencimento básico dos professores; tanto que os iniciantes da carreira do magistério superior federal, com título de graduação em contrato de 20 horas, percebem um vencimento básico de R$ 557,51, abaixo do salário mínimo vigente.

Conforme expôs Marcio Barboza, o vencimento básico de um professor com doutorado, dedicação exclusiva e com mais de 20 anos de universidade é de R$ 2.934,77.  “Há mais de nove anos estamos perdendo nosso poder aquisitivo”, enfatiza o professor que lamenta o não pagamento do acordo emergencial de agosto de 2011, cuja vigência foi definida para março de 2012.

 “Estamos cansados de esperar. A paralisação de hoje (25), a exemplo da que ocorreu na quinta-feira (19), demonstra a nossa disposição de luta”, avalia. O vice-presidente da Adufal adverte que novas paralisações deverão ser realizadas uma vez que a categoria já tem indicativo de greve por tempo indeterminado para 15 de maio.

Reunião em Brasília – Os docentes estão à espera do resultado da rodada de negociações do grupo de trabalho (GT) Carreira que está acontecendo em Brasília.  O GT é formado por representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN), Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe)  e dos ministérios  da Educação (MEC) e do Planejamento, Orçamento e Gestão ((MPOG).

Reivindicações de 2012 - Além do reajuste linear, a pauta da campanha salarial de 2012 é composta por eixos como a definição da data-base em 1º de maio; política salarial permanente com reposição inflacionária, cumprimento dos acordos firmados; supressão dos artigos 86 e 87 do PL 2203/11 que mudam os níveis de insalubridade/periculosidade; e a paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.

Assessoria de Comunicação da Adufal

Lucia Rocha M T E –AL 679

Tel: 82 8822-4230

 

 

Fonte: ASCOM/ADUFAL

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