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16/05/2012
Atualizada: 16/05/2012 00:00:00


Às 14:37 de 16.05.2012

 

16MAI

Mais uma greve se apresenta no cenário da educação em Alagoas. Desta vez apagam-se as luzes na ribalta da Universidade Federal de Alagoas a partir de amanhã, quinta-feira, 17 de maio. Por tempo indeterminado, informa a Associação dos Docentes da Ufal (Adufal).

Prevê a Adufal o fechamento das portas em todos os campi, deixando sem aulas 27 mil alunos. A pauta de reivindicações lista demandas pecuniárias, como 4% de reajuste salarial, e exigências locais, como a retirada do presídio de Arapiraca das proximidades do Campus do Agreste.

Justas, meritórias, são as reivindicações dos docentes. Algumas, sem nenhuma dúvida, demandarão tempo mais longo para serem atendidas, como o caso da desativação do presídio arapiraquense e a conclusão das obras nos diversos campi da Ufal. Será que a greve acompanhará, pari passu, esses intervalos de tempo?

Se a greve estacionar em paralelo às obras nos campi e aguardarem a desativação da penitenciária, tudo indica uma senhora paralisação. Em sendo assim, a coisa complica bastante para todos, malgrado o mérito do movimento paredista dos professores, pois todo atraso na formação educacional representa um enorme prejuízo para a sociedade.

Inequivocamente, aulas paradas são um dano à cidadania. Mais das vezes perda irreparável, pois mesmo considerando a (duvidosa) hipótese de reposição eficiente das lições não ministradas, o tempo perdido não será recomposto jamais. Além disso, a experiência indica que a carga horária pode até ser formalmente recomposta, mas a qualidade do conteúdo ministrado sofre prejuízos insanáveis, em decorrência da pressa típica das “reposições”.

A partir de amanhã, caberá à reitoria da Ufal o segundo movimento de peças nesse xadrez acadêmico-sindical. Esperamos que o jogo da democracia corporativa evolua sem maiores traumas. Toda Alagoas torcerá para que as peças sejam mexidas com sapiência, para que a partida evolua no sentido de que, ao fim e ao cabo desta peleja, o xeque-mate não venha a ser dado novamente contra o corpo discente.

 


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