07/07/2012
Atualizada: 07/07/2012 00:00:00
Dossiê é concluído e servirá de base para as negociações
Reunida, nesta sexta-feira (6), na sede da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), a comissão de elaboração do dossiê da pauta local de reivindicações da Ufal concluiu o documento. Construído a partir de relatórios parciais elaborados pelo coletivo de professores dos campi da instituição, o documento será reapresentado na assembleia desta quarta-feira (11), às 9h, no auditório da reitoria, no Campus A. C. Simões.
Segundo o professor Vitor Lima, do Instituto de Química e Biotecnologia da Ufal, membro da comissão que elaborou o relatório final, o Dossiê vai servir de base para a abertura das negociações com administração central da instituição. “Para isso, por solicitação da ADufal e do Comando Local de Greve (CLG) está agendada para o próximo dia 18, uma audiência pública com a reitoria”, informou.
Uma espécie de raios-X da realidade acadêmica vivida pelos professores, alunos e servidores técnico-administrativos da instituição, o dossiê expõe problemas graves de diversas ordens que atingem as instâncias de ensino, pesquisa, extensão e gestão. A situação do Campus Arapiraca, em luta pela desativação do presídio que fica dentro do campus da Ufal foi apresentada em item específico no documento.
Entretanto, o problema de infraestrutura parece existir em todos os campi da Ufal. “A precariedade da estrutura física dos campi é um dos problemas mais graves a serem enfrentados pela administração central. A precariedade dos prédios não é privilégio das construções mais antigas, de modo que construções recém-inauguradas apresentam problemas seriíssimos. A realização de reformas, a conclusão urgente de obras em andamento e a construção de novos espaços físicos são medidas inadiáveis”, registra o documento.
Nessa área, a reivindicação é por reformas de espaços físicos que atualmente se encontram sem condições de funcionamento digno; conclusão das obras em andamento e das previstas; construção de novas salas de aula e de laboratórios, especialmente nos campi do interior.
Entre outros pontos, o dossiê se refere à necessidade de redistribuição da carga horária docente, equilibrando a atuação dos profissionais nas três esferas da universidade - ensino, pesquisa e extensão; a retomada de concursos públicos para novas vagas de professores e de técnicos e a revisão da estrutura curricular dos cursos.
Hospital Universitário - Junto ao Dossiê, a comissão vai apresentar seis anexos específicos e um deles é uma carta assinada pela Adufal, Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), DCE e Fórum Alagoano em Defesa do SUS e Contra a Privatização do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA/Ufal), dirigida à direção daquela instituição.
Na carta, as entidades representativas dos três segmentos da universidade apresentam os motivos pelos quais se posicionam contrários ao repasse da gestão dos hospitais universitários (HUs) do Brasil e, em particular, do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e solicitam a não contratação desta Empresa para gerir o Hospital.
As entidades consideram que a implantação da EBSEHR “quebra a autonomia universitária, acaba com o concurso público, aprofunda a precarização do trabalho e abre precedente para venda de serviços de saúde e de ensino”, diz a carta.
Brasília - Depois de aprovado, o documento será encaminhado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN), em Brasília, e junto aos dossiês das demais universidades federais, servirá de subsídio para a negociação em nível nacional. “A expectativa da comissão do Dossiê é que os professores leiam o documento e participem da assembleia da quarta-feira”, disse o professor Vitor Lima.
Veja abaixo arquivo com a íntegra do Dossiê.
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