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18/07/2012
Atualizada: 18/07/2012 00:00:00


16/07/2012 09h00 Adufal fala em ineficácia de proposta e mantém greveSegundo presidente, reajuste salarial de 45% apresenta distorções e não atinge toda a classe docente; greve se arrasta há 57 dias
Jobison Barros
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Antônio Passos, ouvido pelaGazetaweb nesta segunda-feira (16), classificou a proposta do governo federal como “ineficaz”, visto que o reajuste de 45% no salário dos professores ‘não atinge todas as classes‘. Por este motivo, os sindicatos sentem a necessidade de se colocar a proposta em negociação, na próxima assembleia. A greve se arrasta desde maio deste ano. 

Segundo informou Passos, a proposta nacional apresenta uma série de distorções no tocante à progressão salarial e equiparação dos proventos entre ativos e aposentados. De acordo com o presidente da associação, cerca de 300 docentes ‘não vêm progredindo‘. “Não há reajuste que esteja de acordo com a classe, já que os quarenta e cinco por cento só foram destinados a doutores. Porém, temos que analisar os mestres e os especialistas, que não foram beneficiados”, explicou. 

Em resposta ao governo federal, os movimentos de greve se reunirão, ao longo desta semana, para discutir o percentual. Um posicionamento sobre a proposta, no entanto, deverá ser definido no próximo dia 23, quando o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) vai novamente se reunir com os ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e da Educação, Aloízio Mercadante. 

“Amanhã, às 11 horas, também iremos debater o assunto na sede da Adufal, no Farol, apesar de não acreditarmos nas vantagens da proposta. Por enquanto, a greve está mantida e esperamos que o governo realmente ouça e entenda nossas reivindicações”, reforçou Passos. 

Já na quarta-feira (16), às 09 horas, haverá uma audiência pública na Reitoria do Campus A.C. Simões, no bairro Cidade Universitária, em Maceió, para discutir melhorias no tocante à qualidade de ensino e à estrutura dos campi. 

Quanto aos estudantes, Antônio Passos ponderou que os alunos não deverão ser prejudicados em meio à greve, uma vez que haverá reposição de aulas.

Pauta

A proposta defendida pelos profissionais versa sobre a carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas, correspondente ao salário mínimo do Dieese e percentuais de acréscimos relativos à titulação e ao regime de trabalho. Ainda de acordo com a Adufal, quanto à titulação, a carreira prevê adicional de 37% para o mestrado e de 75% para doutorado e livre-docência. 

Os professores também almejam valorização e melhoria das condições de trabalho, bem como o atendimento das reivindicações específicas de cada instituição, com base nas pautas locais.

Fonte: Gazetaweb

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