19/07/2012
Atualizada: 19/07/2012 00:00:00
Na última terça-feira (17), a diretoria da Asduerj foi intimada em plena assembleia docente por uma oficial de justiça. A notificação refere-se ao deferimento de “tutela antecipatória” pleiteada por “ação declaratória de ilegalidade/abusividade de greve”, ajuizada pela Procuradoria Geral da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
A decisão do desembargador não declara a greve ilegal, mas define parâmetros a serem cumpridos pelo movimento. Indignados, os docentes presentes à assembleia levantaram o coro de “não temos medo” e “fora, reitor”.
Ao sair da assembleia docente, a oficial de justiça se dirigiu à assembleia do Sintuperj, na qual ocorreu cena semelhante.
Recurso
A Asduerj e o Sintuperj já preparam recurso à decisão contestando alguns dos falsos argumentos constantes na ação da procuradoria da universidade. Entre estas a que comprova a manutenção das atividades essenciais, tais como as que se verificam nas decisões da Comissão de Ética do Comando de Greve Unificado, constituído desde o início da greve docente (11/06).
As atividades consideradas essenciais, como a defesa de dissertações e teses já agendadas, a realização de encontros e congressos previstos antes do início da greve, assim como as consultas e procedimentos médicos também agendados antes do início da greve, por exemplo, foram todas contempladas.
Suspensão do calendário
Após constatar que, até às 24h desta terça-feira (17), quase 60% dos docentes da Uerj não preencheram o Relatório Final de Notas (RFN), um dos principais alvos da ação de ilegalidade, o reitor recuou e divulgou um Ato Executivo suspendendo o calendário acadêmico (o Regimento obriga a convocação do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão para isso).
Ato no Hupe
Nesta quinta-feira (19), a partir das 14h, será realizado um grande ato no Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe). O hospital foi um dos principais alvos da reitoria na ação. Logo após, às 16h, está marcada assembleia comunitária no Pavilhão João Lyra Filho.