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16/08/2012
Atualizada: 16/08/2012 00:00:00


 

Reunidos em assembleia, na quarta-feira (15), os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em greve, discutiram a possibilidade de flexibilizar aspectos da proposta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN), definiram pontos que podem ser negociados e os que a categoria não abre mão. Enviadas ao Andes/SN, as sugestões vão ser analisadas pelo Comando Nacional de Greve (CNG) e vão fazer parte da contraproposta que a entidade nacional pretende apresentar ao governo, tão logo sejam retomadas as negociações.

Segundo o presidente em exercício da Adufal, professor Marcio Barboza, a plenária apontou como pontos negociáveis os percentuais relativos à titulação e ao regime de trabalho. “Em relação à titulação, a categoria deliberou que os percentuais da titulação podem ser de 50% para doutorado, 25% para mestrado, 12,5% para especialização e 7,5% para aperfeiçoamento. Na proposta original do Andes/SN era 75% para doutorado, 37,5% para mestrado, 18% para especialização e 7,5 para aperfeiçoamento”.

Em relação ao regime de trabalho, os professores chegaram ao entendimento de que o percentual a ser acrescido para o docente com dedicação exclusiva deve ser de 50% em relação ao regime de 40 horas. “Na proposta original, nós reivindicávamos 55%”, explica.

Os docentes não aceitam que o salário inicial de um professor com graduação e regime de trabalho de 20 horas seja menor que o salário mínimo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE); nem que o percentual entre níveis (steps) seja menor que 5% e nem querem receber reajustes parcelados. Para eles, o pagamento do reajuste deve ser feito em 2013, em única vez.

Eles também não abrem mão da paridade entre ativos e aposentados e querem que haja uma linha única no contracheque, já com a incorporação da retribuição de titulação (RT). Pela proposta do governo, o vencimento básico – a exemplo do que ocorre atualmente - corresponderia a menos da metade do valor total percebido, sendo o restante composto por gratificação. “Isso traz prejuízos em ganhos que incidem sobre o vencimento básico, como insalubridade e anuênio”, mostra.

Outra reivindicação constante na proposta original do Andes a que os professores não abdicam é o reenquadramento de ativos e aposentados e pensionistas. “Com a criação, pelo governo,  da classe de professor associado, em 2006, muitos docentes ficaram retidos na classe de professor adjunto e mesmo os que conseguirem progredir tiveram prejuízos relativos ao tempo excessivo que permaneceram na classe e não foi levado em conta”, expõe o professor, exemplificando situações de docentes que se aposentaram antes da criação de tal classe.

No entender de Marcio Barboza,  a criação da classe de professor associado foi um artifício utilizado pelo governo federal para não estender aumentos salariais aos aposentados.

Intensificação da luta – Como forma de fortalecer o movimento, a assembleia acatou proposta do Comando Local de Greve (CLG/Adufal) de enviar mais um representante ao Comando Nacional de Greve (CNG/Andes/SN). Agora a Ufal passa a ter  dois repressentantes em Brasília: o professor Tiago Cruz do campus Maceió e o professor Cícero Adriano, do campus Arapiraca.

Assessoria de Comunicação da Adufal

Lucia Rocha M T E – A L 679

Tels.; 82 8822 4230  e  3241 1880

Fonte: ASCOM/ADUFAL

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