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29/08/2012
Atualizada: 29/08/2012 00:00:00



  Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN



Data: 29/08/2012

O reitor da Universidade Estadual do Piauí, Carlos Alberto Pereira , recebeu na tarde desta terça-feira (28) docentes e estudantes da universidade. A reunião só ocorreu depois que a reitoria foi ocupada no final da manhã dessa segunda-feira (27). Os docentes decretaram greve no dia 13 de agosto porque o governo descumpriu o acordo firmado no ano passado.

A ocupação foi decidida na segunda-feira porque o reitor não compareceu à audiência que havia sido marcada para esse dia. Cerca de 50 pessoas passaram a noite no gabinete.

“Marcamos uma audiência com o reitor, mas ele sequer apareceu. Está tudo protocolado. Nós não íamos ocupar nada, mas acabou acontecendo”, conta o professor Douglas Morais, diretor da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp).

Na reunião desta terça-feira (28), os docentes e estudantes entregaram uma pauta de reivindicação, com mais de 20 itens, pedindo melhorias estruturais em Teresina, Campo Maior , Parnaíba, Piripiri, Oeiras e Floriano.  O principal impasse é sobre o reajuste salarial de 37% reivindicado pela categoria.

De acordo com a presidente do Adcesp, Lina Santana, a categoria iniciou a greve exigindo o piso salarial equivalente ao Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócio-Econômicos), que é de R$ 2.383, mas agora está disposta a aceitar o reajuste imediato de 37%.

"O próprio governador [Wilson Martins-PSB], informalmente ofereceu esse acordo de 37%, que equivale ao piso da Universidade Estadual do Ceará, mas pedimos para ele oficializar e ele não aceitou, ofereceu como contraproposta apenas 10%", explicou a sindicalista ao site Cidade Verde.

Ainda segundo Lina Santana, a primeira proposta apresentada pelo governo havia sido o aumento de 40% até 2015, dividido em oito parcelas. A proposta não foi aceita pela categoria.

Já os estudantes reivindicam a licitação do RU (Restaurante Universitário). Segundo o reitor, há dois meses foi feito um contrato entre a Caixa e a SASC (Secretaria de Assistência Social e Cidadania), e o restaurante seria construído coordenado em parceria com o Fome Zero.

Demissões
Como forma de tentar desmobilizar a greve, a administração superior da Uespi, a mando do governo estadual, enviou um documento para todos os diretores de campi exigindo o envio imediato dos nomes de todos os professores substitutos que aderiram ao movimento de greve para “imediata demissão”. A nota é assinada pelo pró-reitor de ensino e graduação, Francisco Soares Santos Filho.

Para a Adceps, essa é uma “postura criminosa assumida pela reitoria de perseguição aos docentes da Uespi que lutam por seus direitos”. Essa ameaça já tinha sido feito pelo governador na mesa de negociação com os representantes da Adcesp.

Em nota, a Adcesp lembra que o governador se mostrou insensível aos problemas apontados pela comunidade acadêmica nas três últimas greves deflagradas na Uespi. Além disso, o governador Wilson Martins sempre fez questão de criminalizar todos os movimentos contestatórios que surgiram nas instituições. “Porém, ressaltamos que todas as obras realizadas na atual gestão foram frutos – além de escassas, mal realizadas e pontuais – das constantes reivindicações e lutas feitas por estudantes e professores”, lembra.

Com informações do site Cidade Verde e do blog da Adcesp.

Fonte: ANDES-SN

Fonte: Andes/SN

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