Os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deverão continuar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada nesta sexta-feira (31). Ao todo, foram 85 votos a favor da greve, dois contra e uma abstenção.
A greve na Ufam já dura 106 dias e se aproxima do recorde da paralisação mais longa da história recente das universidades públicas brasileiras. Em 2001 foram 110 dias. A greve atual continua em 53 universidades de todo o país, mesmo com o fim da paralisação dos técnicos administrativos dessas instituições e do anúncio da saída de greve de outras categorias do serviço público federal.
O calendário da universidade continua suspenso. Segundo o Comando Local de Greve (CLG), as aulas só serão retomadas com o fim da paralisação dos professores. O reitor da instituição em exercício, Hedinaldo Lima, informou que a partir do fim da greve será convocado o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) para refazer o calendário e aprovar as novas datas para o semestre letivo, que ainda não foi finalizado, e para o próximo período, o segundo de 2012.
Na terça-feira (28), a contraproposta do CLG dos docentes foi entregue ao reitor em exercício. Uma cópia do documento foi protocolada junto ao Ministério da Educação (MEC) no dia 23 de agosto.
O documento projeta a malha salarial entre o piso e o teto propostos pelo governo e valoriza uma progressão homogênea. O movimento docente aceitou o piso salarial proposto para o professor em início de carreira, estipulado em R$ 2.018, e diminuiu de 5% para 4% o percentual referente aos ‘degraus’ entre níveis.