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13/09/2012
Atualizada: 13/09/2012 00:00:00


Assembleia decide suspender greve na Ufal, mas professores não voltam às aulas de imediato

14:10 - 12/09/2012

Renée Le Campion

 

Atualizada às 15h25

 

Professores votaram, em assembleia, só retomar as atividades após reunião com o reitor



Os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) suspenderam uma das maiores greves da história da instituição na tarde desta quarta-feira (12), em assembleia no campus Maceió. Por 104 votos contra 68, os docentes decidiram interromper a paralisação, que completa quatro meses nesta segunda-feira (17).

O retorno às atividades, entretanto, só deve ocorrer após uma audiência com o reitor da Ufal, Eurico Lôbo. Na ocasião, os docentes irão cobrar uma solução para a insegurança no campus de Arapiraca, que fica ao lado do presídio Desembargador Luís de Oliveira Souza. 

Durante a assembleia, noventa e um professores votaram por só voltar para as salas de aula após reunião com o reitor. Sessenta e seis docentes queriam retomar as atividades já nesta segunda, como decidiu grande parte das universidades federais do país.

De acordo com a assessoria de comunicação da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), a greve pode ser retomada a qualquer momento. O retorno às aulas, ainda segundo a Adufal, só irá ocorrer caso a reitoria se comprometa em resolver a situação do campus de Arapiraca.

Entenda a greve

O movimento grevista da Ufal, que teve a duração de 118 dias, foi considerado uma verdadeira “quebra de braço” com o governo pelo presidente em exercício da Adufal, professor Márcio Barboza. Nas negociações, o governo ofereceu aumentos salariais aos professores que variam entre 25% e 40%. Além disso, o governo resolveu reduzir as carreiras de 17 para 13 níveis, permitindo uma progressão mais rápida aos docentes.

Os professores pleitearam, durante a greve, melhorias nas condições de trabalho e ensino nas instituições; atendimento das pautas locais; carreira única, mais simples, com 13 níveis e steps definidos; valorização da titulação e do regime de trabalho, em especial à Dedicação Exclusiva; incorporação das gratificações e paridade entre ativos e aposentados.

A assessoria de comunicação da Adufal informou que os professores apenas retomam as atividades porque têm "consciência do prejuízo causado pela paralisação, que atingiu tanto os alunos, como os docentes e técnicos". Segundo a associação, o governo não atendeu aos pleitos da categoria, que suspende a greve com "indignação".

Campus de Arapiraca está desativado desde abril

O campus de Arapiraca está sem funcionar desde o mês de abril, após a invasão de 15 fugitivos do presídio Desembargador Luís de Oliveira Souza, que deixou alunos e professores em pânico. 

Em junho, o governador Teotonio Vilela Filho garantiu o reforço da segurança no local e a construção do novo presídio do Agreste, em Craíbas, no prazo de sete meses. Desde então, a universidade e os poderes Executivo e Judiciário ainda não chegaram a um consenso para solucionar o impasse.

Por orientação de representantes do Poder Judiciário envolvidos na discussão, o governo estadual decidiu não desativar o presídio agora.

Fonte: Tudo na hora

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