19/09/2012
Atualizada: 19/09/2012 00:00:00
Bancários entraram em greve nesta terça-feira (18)
Os bancários entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (18). De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve já começou forte em vários estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Alagoas, Piauí, Paraná, Paraíba, Acre, entre outros. Um balanço sobre a adesão nesse primeiro dia de greve será divulgado no final da tarde desta terça-feira.
A categoria reivindica aumento de 10,25% nos salários, uma participação nos resultados equivalente a três salários mais R$ 4.961,25 fixos, piso salarial de R$ 2.416,38, criação do 13º auxílio-refeição e aumento dos benefícios já existentes para R$ 622, fim da rotatividade e das metas "abusivas", melhores condições de saúde e trabalho e mais segurança nas agências.
Segundo a Contraf, o objetivo da greve é forçar a negociação, já que os bancos não apresentaram novas propostas de reajustes depois do dia 28 de agosto.
Organização
O MNOB (Movimento Nacional de Oposição Bancária) que integra a CSP-Conlutas, defendeu nas assembleias a necessidade de unificação das campanhas salariais. “Defendemos nas assembleias a necessidade de construir uma greve unificada, mas que envolva a base. Então o chamado do sindicato de Florianópolis de quem deve dirigir o movimento é a base, através do comando de mobilização é fundamental”, ressaltou o membro do MNOB Bento José.
Bento José destaca também que devem ser propostas reuniões que envolva as questões essenciais da pauta especifica dos bancos públicos. “Propomos uma plenária dos funcionários do Banco do Brasil para articular a luta de seis horas e outra dos funcionários da CEF para articular a luta da isonomia”, enfatiza.
Correios
Nesta quarta-feira os trabalhadores dos Correios também devem entrar em greve nacional. Na noite desta terça-feira(18), cerca de 25 sindicatos da categoria farão assembleias que poderão deflagrar a greve. Apenas Bahia, Mato Grosso do Sul, Santos (SP), Santa Maria (RS), Acre, Juiz de Fora (MG), Rio Grande do Norte, e Ribeiro Preto (SP) não farão a deliberação hoje, até então marcada para o próximo dia 25. No entanto, pelo clima de greve, alguns desses sindicatos podem também antecipar suas decisões.
Os trabalhadores em Minas Gerais e no Pará já estão em greve desde a semana passada. A categoria reivindica um aumento de 43,7% e R$ 200 linear, ticket de R$ 35, a contratação imediata de 30 mil trabalhadores, o fim das terceirizações, além de outros pontos para garantia de melhores condições de trabalho.
Com informações dos sites da Contraf, CSP-Conlutas e Repórter.