04/10/2012
Atualizada: 04/10/2012 00:00:00
Após seis meses de paralisação, a comunidade acadêmica - professores, alunos e servidores técnico-administrativos - da sede do Campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) de Arapiraca retoma as atividades na próxima segunda-feira (8). A decisão foi tomada em reunião coordenada pelo presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), professor Antonio Passos, nesta quarta-feira (3), no pátio da Escola Estadual Professora Izaura Antônia de Lisboa (EPIAL) em Arapiraca.
A proposta vencedora obteve 112 votos a favor, 77 contra e 21 abstenções. A votação foi realizada de forma paritária a fim de estabelecer igualdade entre os distintos segmentos da comunidade acadêmica. Dentre os votos favoráveis, 31 foram de professores, 13 de técnicos e 68 de alunos. Entre os que votaram contra, 20 são professores, cinco técnicos e 52 alunos. Abstiveram-se de votar seis professores, quatro técnicos e 11 alunos.
“Diante das circunstâncias, fomos forçados a voltar. Na verdade, estamos voltando por não acreditar que as medidas paliativas sejam implantadas em tempo hábil e, em sendo assim, quando voltaríamos?”, expõe o diretor geral do Campus Arapiraca, professor Márcio Aurélio Lins dos Santos. Segundo ele, a comunidade analisou e viu que já se passaram 180 dias e quase nada foi feito para garantir a segurança no Campus.
“Se fôssemos esperar para voltar somente após a implantação das medidas paliativas, ficaria cada vez mais difícil recuperar o semestre letivo”, avalia. Em sua opinião, a comunidade está sendo vencida pelo cansaço por tanto esperar.
“Somos o único campus no Brasil - campus federal interiorizado - que permaneceu parado mesmo com o final da greve nacional”, evidenciou. A decisão de paralisar as atividades no Campus foi tomada em 3 de abril, dia seguinte à fuga de 15 detentos do presídio Desembargador Luis de Oliveira Souza, que funciona vizinho à universidade.
No entender do professor Antonio Passos, foi uma decisão democrática e equilibrada. “A comunidade avaliou as circunstâncias e decidiu voltar, mas deixando claro que a luta continua. O pleito segue em busca de uma decisão definitiva e, para isso, é preciso manter a mobilização”, aponta.
Segundo o presidente da Adufal, entende-se como decisão definitiva a construção do novo presídio no município de Craíbas, a transferência da totalidade da população carcerária atualmente abrigada no presídio vizinho ao Campus, seguida da desativação da unidade prisional e a doação para o patrimônio da Ufal.
Essas providências e o andamento das medidas paliativas - tais como a cerca navalhada prometida pelo Governo do Estado e o muro de
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