08/05/2013
Atualizada: 08/05/2013 00:00:00


 

07/05/2013 - 23h53

Pollyane Marques
Repórter do Radiojornalismo da EBC

Brasília – k

“Nem sempre foi assim, mas eu acho que isso agora [liberdade de imprensa] se deve, sobretudo, ao grau de amadurecimento político que nós alcançamos. Eu não vejo, em hipótese alguma, possibilidade de haver retrocesso pois nossa liberdade de imprensa é um pilar da democracia”, disse.

Helena Chagas defendeu, também, que para que se garantir a liberdade da imprensa, antes de tudo, é necessário contar aos jovens, como foi viver sob a censura da ditadura militar, para que entendam como é grande a liberdade que se tem hoje.

Sobre o papel do cidadão no debate da liberdade de imprensa, a ministra acredita que, apesar de ainda não ser o ideal, há cada vez mais espaço para a participação do povo. “Eu acho que é obrigação dos meios de comunicação abrir espaço para o cidadão, mas o caminho que o jornalismo está tomando, chega cada vez mais perto da interatividade. Ele [o jornalismo] é feito para o cidadão, o cidadão em todos os planos da sua vida.”

Também participou do fórum a diretora de Jornalismo da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), Nereide Beirão, debatendo sobre o tema A Mídia e os Desafios do Trabalho na Capital da República. Durante o painel, ela defendeu a regulamentação da comunicação no Brasil e disse que regulamentar não significa controle sobre o conteúdo, mas sim regras de mercado e sobre a atividade profissional. Nereide falou também sobre as diferenças entre o trabalho nas empresas públicas, caso da EBC, e nas empresas privadas.

Segundo a diretora da EBC, trabalhar em uma empresa pública garante mais liberdade ao profissional. “Para o jornalista é terrível ter que omitir informação ou seguir linhas editoriais e teses dos chefes. O jornalista tem que relatar aquilo que está vendo, a verdade. Por isso a liberdade é fundamental para o jornalismo”.

O 5º Fórum Liberdade de Imprensa e Democracia ocorre no momento que o país começa a acompanhar o julgamento do assassinato do jornalista Décio Sá, morto em São Luís, em abril do ano passado, depois de divulgar em seu blog o esquema de agiotagem de uma quadrilha que atuava no Maranhão.

 

Edição: Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil

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