18/03/2015
Atualizada: 18/03/2015 00:00:00
Os portões do campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense (UFF) voltaram a amanhecer bloqueados nesta terça-feira (17) pelos trabalhadores terceirizados que ainda não receberam os salários de fevereiro. Desta vez, a manifestação foi promovida pelos vigilantes contratados pela empresa Croll, teve participação dos terceirizados da Vpar e de docentes e estudantes que apoiam a luta dos trabalhadores da UFF. Além da suspensão das aulas em todos os períodos – inclusive o noturno – até o restaurante universitário ficou fechado. Na segunda-feira (16), os trabalhadores já tinham realizado ato pelo pagamento de seus salários.
Em reunião realizada durante o piquete desta terça-feira, funcionários das empresas terceirizadas Croll e Vpar – responsáveis respectivamente pela segurança e pelos setores administrativos da Universidade – decidiram pela realização de manifestações conjuntas até que os problemas dos terceirizados sejam resolvidos.
Nem as empresas nem a Reitoria informaram quando o pagamento será efetuado. “A gente fecha os portões para que a Universidade não feche os olhos para gente”, declarou Wallace Terra, funcionário da Vpar e estudante do curso de Serviço Social da UFF, que não recebe salário e outros benefícios há cinco meses e corre o risco de ser despejado de sua casa.
“Viramos os trabalhadores da ‘esperança de sexta’. Toda sexta-feira a empresa afirma que vai nos pagar, mas passa a semana e nada acontece”, contou. A Vpar é a empresa terceirizada que atua na Universidade com mais pendências trabalhistas. Além dos salários de fevereiro em atraso, nenhum dos funcionários da Vpar receberam o 13° salário referente ao mês de 2014. Alguns, como é o caso de Wallace, não recebem há meses, desde o final do ano passado. A Associação dos Docentes da UFF (Aduff – Seção Sindical do Andes-SN) esteve na mobilização, prestando solidariedade aos trabalhadores terceirizados.
Na sexta-feira (13), os portões já haviam sido bloqueados por terceirizados da Luso Portuguesa, que atuam principalmente na limpeza, e no final da tarde foram liberados após a empresa depositar os salários. De acordo com os organizadores, o protesto desta terça também se encerrará assim que os pagamentos ocorrerem.
Edição de Andes-SN