Com uma viatura da Polícia Militar à porta, as aulas na Escola Estadual Geraldo Melo, no Conjunto Graciliano Ramos, em Maceió, recomeçaram nesta segunda-feira (24). A segunda volta às aulas em menos de um mês acontece 11 dias após mais um episódio violento na instituição de ensino, quando um estudante provocou um incêndio no banheiro da unidade, comprometendo as redes hidráulica e elétrica, depois de professores terem sido ameaçados por estudantes que teriam ligação com o tráfico de drogas no Tabuleiro do Martins.
Contudo, muitos alunos vagam pelos corredores da escola, devido à ausência de professores – pelo menos dois deles chegaram a pedir transferência, temendo novas ameaças, quando a Polícia Militar deslocou uma guarnição para o local, a fim de garantir mais segurança.
De acordo com a 14ª Coordenadoria Regional de Ensino (CRE), o problema da falta de professores deverá ser solucionado nos próximos dias, com a divulgação de resultado de concurso para seleção de monitores, pelo Governo do Estado. A
Gazetaweb não conseguiu contato com a assessoria da Secretaria de Estado da Educação para confirmar a informação.
Enquanto isso, a direção da escola segue a aguardar o resultado de laudo sobre incêndio que destruiu um banheiro da escola, que segue interditado. O acusado, que é maior de idade, já foi identificado pela polícia. O caso é investigado pela delegada do 10º Distrito Policial, Luci Mônica.
Já a diretora adjunta da escola, Vanessa de Oliveira, disse à
Gazetaweb que, no fim de cada turno, haverá uma reunião com os alunos para apresentar o regimento interno da unidade de ensino. “Vamos conversar com eles para apresentar as instruções de funcionamento, bem como seus direitos e deveres”, explicou.
Segundo a diretora, não houve qualquer novo episódio que trouxesse ‘sensação de insegurança’ aos alunos e profissionais da instituição, apesar de, mesmo com o reforço policial, a escola ter sido alvo de que seria uma nova ação criminosa, com as chamas a destruírem, no último dia 13, o espaço conhecido como ‘cracolândia’, onde os alunos faziam uso de drogas.